O mundo moderno experimenta profundas e aceleradas transformações decorrentes do progresso científico e do inevitável desenvolvimento de novas tecnologias.
O avanço da tecnologia, da informática, da robótica e da telecomunicação apresenta um quadro novo: o trabalho físico e intelectual do homem é substituído pelas inovações técnicas, proporcionando o aparecimento da “terceira onda ou sociedade da informação”.
É na “terceira onda” que os veículos de comunicação de massa – começam a ser desmassificados, para dar lugar aos veículos de “Comunicação Dirigida”. Na “terceira onda”, então, a Comunicação Dirigida passa a ocupar um espaço próprio e peculiar, delimitado por seu campo de atuação e alcance.
Não há massificação da Comunicação Dirigida, mas, os jornais, as revistas, o rádio e a televisão estão cada vez mais, se especializando e se utilizando da “Comunicação Dirigida”, para atingirem determinados públicos, ou parte de seus públicos.
Na realidade, a “Comunicação Dirigida” não é uma área nova que começa a ser estudada agora, mas, um campo de Comunicação cuja importância só agora está sendo reconhecida. Afinal, a “Comunicação Dirigida” é um meio ou instrumento que o profissional de Relações Públicas sempre empregou para a formação e orientação do público-alvo-objeto de sua atividade.
O que se destaca, hoje como “moda” é fruto de um trabalho paulatino; mas, perseverante, que teve o seu ponto de partida no início da década de 70.
À “Comunicação Dirigida” cabe a elaboração da mensagem eficiente, eficaz e apta a produzir os efeitos desejados no público receptor. Evidentemente, sob este enfoque, enquadram-se todos os requisitos e elementos essenciais que integram e caracterizam a “Comunicação Dirigida”. A fonte produtora da mensagem é o Órgão, o Setor, o Profissional, enfim, a unidade administrativa de Relações Públicas; o receptor é o público que se pretende constituir e estimular por meio da opção que se fizer do veículo mais adequado àquele fim.
Essa mensagem, bem planejada e estruturada, e a correta escolha do veículo de “Comunicação Dirigida” proporcionarão rapidez no feed-back, o qual, por sua vez, permitirá uma análise mais imediata dos efeitos produzidos.
Esse aspecto representa uma das grandes vantagens oferecidas pela “Comunicação Dirigida” em detrimento da Comunicação de Massa. Sem cogitar o exame conceitual de “massa”, nunca é demais recordar que o primeiro passo do processo de Relações Públicas é caracterizado pela determinação de grupos e identificação de públicos. E, nessas condições, a “Comunicação Dirigida” dispõe de mecanismo mais apto, mais direto e mais econômico para alcançar os públicos identificados.
Assim, previstas as possibilidades, elaborado o plano de ação e coordenados todos os dados disponíveis, há que se por em prática os elementos teóricos idealizados pelo Profissional ou pelo Setor de Relações Públicas, ou seja, fixados os interesses da instituição, o órgão de Relações Públicas dentre os outros da organização, é acionado para alcançar o seu público e cumprir a sua finalidade.
A viabilidade de concretização das hipóteses levantadas e previstas fica na dependência direta do instrumental que compõe a “Comunicação Dirigida”. Alias, a corporificação de qualquer idéia só se torna possível e se aperfeiçoa mediante o emprego de instrumentos específicos e adequados fornecidos pela Comunicação. Ai reside a importância desse ramo do conhecimento: a Comunicação, em geral, e a “Comunicação Dirigida”, em particular, a servir de sustentáculo das Relações Públicas.
Vivemos, inegavelmente, a “Terceira Onda” preconizada por Toffler – a “Era da Informação”, na qual o desafio aos profissionais de Relações Públicas não mais se situa na experiência dos mais velhos – experiência tão “martelada” pelas gerações que nos antecederam.
A transmissão sociocultural, certamente, não dispensará a experiência dos mais velhos; entretanto, a reação e a criatividade dos mais jovens sempre estarão presentes na atualização dos seus conhecimentos.
Com certeza, o desenvolvimento da tecnologia estará muito mais à frente e com grandes e surpreendentes inovações na virada do século, impondo, à inteligência humana, a utilização de suas potencialidades e criação, para adequar seus conhecimentos teórico-práticos às contingências do próximo milênio.
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